GASTRONOMIA FORTALECE O TURISMO NO PARÁ


Além da culinária típica, cuja fama ultrapassa as fronteiras, as comidas do cotidiano marcam a memória afetiva de quem escolhe o Pará como destino

No domingo (27) foi celebrado o Dia Mundial do Turismo. Entre os elementos atrativos que atraem os visitantes nas cidades paraenses está a rica gastronomia com preparos únicos e inconfundíveis que despertam a curiosidade.

Em 2019, o Estado recebeu mais de um milhão de turistas, de acordo com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Foram mais de 120 mil visitantes internacionais e 920 mil nacionais. A receita, em real, gerada pelos turistas que vieram ao Pará no mesmo ano, foi de R$ 720 milhões. 

Somente o Círio de Nazaré injetou R$ 120 milhões na economia local atraindo cerca de 83 mil turistas para a festividade. Este ano, em razão da pandemia, a festividade nazarena não ocorrerá da forma tradicional. Ainda assim, o Pará continua como boa escolha turística, entre outros motivos, pela força de sua gastronomia. 

As comidas típicas são muito procuradas e atraem os visitantes. Porém há também os alimentos populares, que fazem parte do cotidiano amazônico, como os pratos à base de pescado como o filhote, a dourada e a pescada amarela.

Os sabores marcantes levaram a capital paraense a receber o título de cidade criativa da gastronomia concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2015 e mantido até hoje.

Para o professor de gastronomia Walaci Morais, a cozinha paraense é fundamentalmente baseada na cultura indígena. “É a mais genuína, autêntica e pura cozinha brasileira. Continua quase que imutável por utilizar ingredientes que não se adaptam a outros terroir que não sejam os nossos”, afirma. 

Foto: Marco Nascimento / Ag.Para

“Os sabores do Pará são quase que inesgotáveis, pois combinam-se entre si, causando nos comensais uma verdadeira explosão de sabores, odores e cores únicos. Sabores ácidos e florados, como por exemplo, o cupuaçu, bacuri e as amêndoas de cacau para a produção de chocolate de origem, além de insumos únicos como o aviú, que é um minúsculo crustáceo de sabor forte e marcante, o cumaru que é conhecido como a ‘baunilha’ da Amazônia e empresta seu aroma e sabor à diversas preparações da confeitaria e a licores, a pimenta de cheiro, cumari, conferindo aroma e pungência a ensopados, pirões e caldeiradas”, finalizou o professor.

Fonte: Dayane Baía / Ag. Pará


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