EMPRESAS USAM INTERNET PARA APROXIMAR CLIENTES


67% das empresas no Brasil usam fibra ótica nas conexões

Pesquisa mapeia principais finalidades das empresas com meios digitais

As empresas no Brasil empregam tecnologias digitais principalmente para vendas e transações financeiras e para relação com clientes, em especial utilizando plataformas digitais. Esse foi o quadro mostrado pela pesquisa TIC Empresas 2019, realizada pelo Cetic.Br, centro de estudos e pesquisas vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI Br).

A pesquisa mapeou as principais finalidades das empresas no emprego das tecnologias digitais.

Os usos mais comuns são para enviar e receber e-mails (100%), buscar informações sobre produtos ou preços (93%), fazer pagamentos e consultas bancárias (92%), enviar e receber mensagens instantâneas, fazer monitoramento de mercado (73%), interagir com instituições governamentais (72%) e oferecer serviços e assistência aos clientes (69%).

Entre os entrevistados, 70% realizam compras pela internet e 57% disseram vender recorrendo à rede mundial de computadores. Em relação à comercialização, os maiores índices ocorrem nas indústrias de transformação (68%), de informação e comunicação (60%) e alojamento e alimentação (59%). Os principais meios de venda online foram os aplicativos de mensagem (como WhatsApp e FB Messenger) (42%), e-mail (39%) e redes sociais (20%).

Já o principal canal na internet em geral são as plataformas, com 78% das empresas com perfil em alguma empresa deste tipo. As mais populares são as redes sociais como Facebook (62%), os apps de mensagem como WhatsApp e Telegram (54%) e serviços de publicação mais focado em imagens, como Instagram e Snapchat (44%).

Nas plataformas, as empresas relataram realizar diversos tipos de atividades. As mais comuns são responder a comentários ou dúvidas de clientes (78%), divulgar produtos ou serviços (77%), publicar notícias (66%) ou conteúdo institucional sobre a firma (61%). Perguntadas sobre o acesso a serviços de governo eletrônico (como pagamento de taxas ou emissão de declarações pela Internet), 94% afirmaram já ter recorrido a essa ferramenta.

Entre as entrevistadas, 36% responderam ter pago por anúncio na internet, prática mais corrente entre aquelas de alojamento e alimentação (50%), informação e comunicação (46%) e artes e cultura (44%). Outras 38% relataram manter algum serviço de banco de dados em “nuvem” e 27% disseram utilizar software de escritório em “nuvem”. O termo é empregado quando site e dados da companhia são armazenados no servidor de alguma fornecedora e acessados pela internet.

Das ouvidas, 54% mantêm website. O índice varia conforme o porte das empresas. Esta ferramenta é utilizada por 51% entre as pequenas firmas e por 89% entre as maiores companhias. A diferença também aparece entre as regiões, com índice de 34% no Norte e 59% no Sudeste. Das entrevistadas, 33% manifestaram intenção de criar um site no próximo ano.

Uso de Internet

O uso de internet se tornou uma realidade em praticamente todas as empresas, com média de 98%. Mesmo nas firmas menores, o índice é de 97%. No recorte por segmento, a grande parte dos setores apresenta índice semelhante. O que destoa é o de alimentação e habitação, mas ainda assim com 91%.

A pesquisa identificou também os tipos de conexão, mostrando como a infraestrutura de fibra ótica já se tornou majoritária, presente para 67% dos respondentes. Em seguida vêm as modalidades de acesso via cabo (51%), DSL (54%), modem ou tecnologias 3G ou 4G (46%), rádio (15%) e satélite (7%).

Já em relação à velocidade média, 27% das firmas analisadas têm pacotes de até 10 megabit por segundo (mbps), 27% entre 10 mpbs e 30 mbps, 25% entre 30 mbps e 100 mpbs e 17% acima dessa velocidade.

Liderança de provedores locais

O mercado de banda larga sofreu uma virada desde que começou a pandemia com mais pessoas em casa. Os provedores regionais de internet cresceram a ponto de superar as grandes com as mudanças na estratégia de distribuição da conexão de qualidade e serviços.

“Como observamos nos dias atuais a população está em casa e precisa de uma internet rápida. Digo que temos capacidade em nosso sistema para atender todos nesse momento”, disse Cláudio Roberto Mesquita Bezerra, diretor executivo da Lognet, que distribui serviços de internet em toda a região nordeste paraense. “Podemos fornecer a capacidade para que nossos clientes possam trabalhar em home office, alunos a estudar e ajudar a todos a continuar sendo produtivos”.

“O Brasil está pronto para o futuro”, afirma o diretor executivo da Lognet, Cláudio Roberto Mesquita Bezerra

Setor de TI

A presença de setores específicos para cuidar da tecnologia da informação (TI) e dar suporte às atividades das companhias e de seus funcionários varia conforme o porte. Nas menores, o índice foi de 36%, enquanto entre as maiores, foi de 90%. Por segmento, a menor presença desse apoio se dá na indústria da construção (32%) e de alojamento e alimentação (31%), enquanto a maior está nas áreas de informação e comunicação (77%) e artes, cultura, esporte e recreação (46%).

Já a manutenção de algum responsável por gestão de risco em segurança digital é uma realidade para 62% das participantes do levantamento. Contudo,  41% comentaram ter uma política definida de segurança digital.


Por Jonas Valente–Agência Brasil 

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