CARACOL AFRICANO representa risco à saúde pública


A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) alerta sobre os riscos que o caracol gigante africano pode trazer à saúde da população, principalmente, neste período de inverno amazônico, em que há uma maior proliferação do molusco e surgimento de focos nos municípios paraenses.

O alerta é necessário porque o caracol africano (Achatina fulica) é hospedeiro do parasito Angiostrongylus cantonensis, que causa meningite eosinofílica. Esse tipo de meningite resulta da presença de larvas do parasito nas membranas do cérebro (meninges), provocando reação inflamatória.  As manifestações clínicas mais comuns são dor de cabeça severanáuseasvômitospescoço rígido e anormalidades neurológicas. Ocasionalmente ocorrem invasões oculares.

O caracol também pode transmitir o parasito Angiostrongylus costaricencis, que causa a angiostrongilíase abdominal. Os principais sintomas são dor abdominal e febre, podendo ocorrer várias outras manifestações inespecíficas, tais como inapetência, náuseas, vômitos e diarreia.

Medidas preventivas 

Para o controle do caracol gigante africano, a população precisa tomar as seguintes medidas: coletar os caracóis com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos, colocá-los em recipiente rígido, queimá-los com cuidado para evitar acidentes com o fogo e enterrá-los; ou colocá-los em um saco plástico e esmagá-los com cuidado para não ter contato com o muco do caracol e enterrá-los em seguida.

Outras medidas importantes são: lavar bem as mãos após manusear os caracóis, higienizar bem os alimentos antes do consumo e manter jardins e quintais sem acúmulo de mato ou entulhos, que sirvam de abrigo para o caracol.

Por Roberta Vilanova (SESPA)/Agência Pará | Foto: Pixbay


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