BELÉM – A recepção calorosa, típica do povo paraense, encheu de sorrisos os quase 1,4 mil turistas estrangeiros que desembarcaram do transatlântico Wiking Sea, no sábado (4), no Porto de Icoaraci, distrito da capital paraense. As belezas do Estado e as possibilidades encontradas aqui atraem cada vez mais visitantes.
Depois de um tempo longe do Pará, os grandes cruzeiros voltaram a colocar o Estado como rota, por conta dos grandes atrativos.
A organização das boas vindas aos passageiros do cruzeiro marítimo foi bem avaliada por profissionais do turismo local, como opinou Marco Romero, que trabalha como guia turístico no Pará há 20 anos.
Recepção positiva – A animação surpreendeu o australiano Ryan Jarhas, que veio com a família pela primeira vez ao Pará. “Gostei da recepção, não esperava algo assim. A música trouxe uma ótima energia para quem está chegando”, comenta.
Para a aposentada Moureene Hegan, dos Estados Unidos, a viagem é realização de um desejo antigo dela e do marido: “Sempre tivemos vontade de conhecer a Amazônia e estamos muito animados para conhecer Belém. Vamos visitar o mercado local e provar a culinária paraense”, declara.
O clima chuvoso característico dessa época do ano também foi apreciado. “Nós viemos de uma região que fica em um deserto, então nós adoramos a chuva!”, comemora a turista, moradora do Arizona, estado norte-americano próximo ao México.
Após o desembarque em Icoaraci, os visitantes seguiram de ônibus para conhecer diversos pontos turísticos da cidade.
O secretário de turismo, André Dias, explica que cada viajante de cruzeiro, ao chegar em Belém, gasta em média 100 dólares na cidade. “Se você calcular a estimativa do número de passageiros e a comparação das moedas, são cerca de 600 mil reais injetados na economia regional apenas com esse cruzeiro. Atualmente, Belém recebe 11 visitas desse tipo de embarcação por ano. É importante valorizar ainda mais esse cenário”, observa André.
A movimentação na economia local a partir da recepção aos turistas é bem avaliada por Silvia Leal, artesã em Icoaraci há 15 anos. “É uma ideia muito boa. O artesanato e outros produtos ganham destaque no caminho que o viajante faz para ir até o ônibus e também para voltar ao navio. Nosso trabalho é divulgado. É a primeira vez que vejo essa organização e espero que aconteça mais vezes”, ressalta Silvia.
Por Igor Oliveira – Foto: Fotos: Pedro Guerreiro / Ag. Pará