TAXISTAS TENTAM MANTER NEGÓCIOS APESAR DA CRISE


Castanhal – A pandemia de coronavírus afastou clientes de restaurantes, fechou escolas e academias e deixou em situação mais desesperadora quem é autônomo, ou seja, não tem um salário fixo, ganha pelo serviço que oferece. É a diarista, o personal trainer, o dono da floricultura, da lanchonete.

É o caso do motorista de táxi, Sirley Damasceno, que nunca penou tanto para conseguir passageiro como nos últimos dias. Ele faz parte das pessoas que prestam serviços essenciais e seguem trabalhando fora de casa durante o isolamento social por causa da pandemia da Covid-19.

“Alguns motoristas auxiliares que trabalhavam na diária já entregaram os carros para os donos, porque não estão conseguindo clientes. Agora estão em casa desempregados”, afirma.

Conhecido como “Sirley Taxista”, trabalha na profissão há 26 anos e está acostumado a ter alguém próximo. Seja um passageiro ou os colegas de profissão. O motorista conta que já passou por várias crises, mas nunca foi tão difícil como a atual.

“Nossa categoria foi afetada pela pandemia, porque taxista está no grupo de risco por transportar pessoas em um ambiente pequeno e fechado. Isso acarretou em prejuízo financeiro enorme com as corridas, diminuindo em 70%”, avalia.

Com pouco movimento no comércio e sem passageiros, a situação econômica está sendo afetada. “Todos nós estamos sendo afetados e procuramos um meio de pagar nossas contas que vão sendo postergadas. Aí já viu”, reclama.

Auxílio Emergencial

Os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus fez o Senado aprovar um Projeto de Lei (PL), chamado de “coronavoucher”, que beneficia dezenas de categorias, entre elas taxistas e motoristas de aplicativo, para receber um auxílio de R$ 600 durante os próximos três meses.

Prevenção

Apesar dos prejuízos financeiros ocorridos pela falta de corridas, os taxistas também trabalham na prevenção do contágio pelo coronavírus. A orientação é mais direcionada para a higienização do veículo, além de outras medidas que podem ser adotadas pelo motorista.

“Eu uso álcool em gel, máscara e também faço a higienização completa do meu carro. Nós somos transporte de utilidade pública e não podemos deixar de prestar o serviço, e tomamos todas as providências de segurança para os passageiros e motoristas. O mais importante é a conciência de cada pessoa nesse momento delicado”, afirma.

Horizonte com otimismo

Mesmo que o futuro do país diante da pandemia do coronavírus ainda é incerto, Sirley é taxativo “Eu vejo um horizonte promissor é um momento de reflexão. Acompanho alguns especialistas que dizem que a economia terá uma ascensão no quarto trimestre. Temos que ser otimistas com nosso país. Tudo vai passar e nossa vida voltará ao normal e eu vou batalhar para isso”, conclui.


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